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quinta-feira, 8 de abril de 2010

Dimensionar é preciso.




Ando longe daqui, dali e pra falar a verdade longe de mim também, tentando me buscar.
Estou a caminho...
Mas é difícil conseguir escrever quando se está com ressaca mental.
Tanta coisa acontecendo e eu meio embasbacada, uma telespectadora de raciocínio lento para tantos acontecimentos que não temos a opção de não assistir. Eles estão ali. Eles te sugam, te consomem a TV, os jornais, a internet e não há quem passe batido por eles. Diante disso, pego minha fita métrica, meço tudo direitinho, ponho meus quês e porquês na balança e quer saber? Nenhum deles tem importância perante tantos fatos Surreais – eu procurei um adjetivo menos obvio, mas não há maior obviedade do que dimensionar sua vida de modo real, e ver que nosso umbigo definitivamente não é nada além de um buraco na barriga. O centro do mundo, sabe-se Deus onde fica, e a esta altura provavelmente deve ter sido soterrado pelas chuvas incessantes como no Rio de Janeiro.
Tragédias naturais que resultam em catástrofe não são novidades para ninguém, e não quer dizer que o mundo vá mesmo acabar em 2012 . Mas é aquela velha máxima...a gente nunca pensa que acontece com a gente, ou com alguém próximo. Não que eu more próximo, pelo contrário. Mas me “tele-transportei” de mente, alma e solidariedade para o RJ. É cruel, doloroso e desumano, ver –mesmo que pelos meios de comunicação- tantas famílias desfeitas, tantas vidas interrompidas, tanta dor e tanta perda.
E o mais difícil, além de sentir a dor dessas pessoas, é ouvir o solene governador Sergio Cabral Filho, informar em rede nacional a uma importante emissora de rádio, que “As pessoas vivem em áreas de risco, porque insistem em morar próximo ao local de trabalho”.
Assim como é difícil saber que em meio a tanta tragédia, em que bombeiros, escoteiros e civis se aglomeram como podem num efetivo insuficiente e capenga para ajudar a quem for possível, não se ouve sequer falar nas forças armadas.
Onde estão? O que fazem nessas horas? Estariam concentrados em algum treinamento secreto, para uma possível guerra que um dia quem sabe, possa acontecer? Vamos invadir o Iraque? Vamos defender a Amazônia de bombardeios bolivianos?

Isso esgota, não deixa rastro para argumentos e revolta.

Então tá!

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