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terça-feira, 20 de abril de 2010

Contos da Liga...



Eu tenho a sorte de trabalhar num lugar em que fiz grandes amigos. Especialmente no setor em que trabalho, estão as mais próximas.
Além de serem as pessoas mais engraçadas e inspiradoras do universo, a gente se ajuda, se apóia, segura a onda uma da outra e por incrível que pareça: rala pra cacete.
Nós damos incontáveis gargalhadas juntas, e vamos às lágrimas com a mesma facilidade.
Rimos de nós, por nós, dos outros, pelos outros... Choramos compulsivamente..por nós, pelos outros e pela vida.
E em tempos que outrora foram bastante difíceis, esta sinergia serviu para que a sanidade se mantivesse, e juntas procurássemos o equilíbrio necessário para não desistir.
E isto posto, prova que a dificuldade aproxima as pessoas, porque a fragilidade do outro comove. A alegria do outro contagia. E o esforço do outro inspira.
Ao todo, somos 5. Mas no momento, estamos com duas “baixas” na corporação. Uma integrante de férias e outra com catapora. Isso lá é coisa que se pegue na vida adulta?
Ela jura que somatizou a doença por chamarmos ela o tempo todo de Bebê. Bobagem!
Hoje vou falar de uma dessas personagens, à qual darei o nome fictício de Manuella.
Manú, para ficar mais íntimo.
A Manu está em vias de comprar uma casa. Corre daqui, corre dali, e o financiamento da caixa acabando com as forças da coitada. Afinal, quem agüenta 9 meses de vai e vem de papelada, regularização, taxa, protocolo, certidões e todas estes pormenores desagradáveis que só quem passa é que sabe a via sacra que é.
Eis que finalmente, depois de 9 meses de gestação peregrinação, faltava APENAS a avaliação do engenheiro.  Como boa virginiana, metódica, doida, psicótica e neurótica que é, Manú já estava pensando no fatídico momento do “encontro” com o engenheiro.
Ela já planejava tudo: O vestido, o penteado, o perfume em doses expressivas, o charme do olhar, tudo em prol de que o moço olhasse e pronto: Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça...
Hoje, 16h00 da tarde Manu atende o celular afoita, e passa fazer na minha direção aqueles sinais característicos que só as mulheres entendem. Mas eu percebi que os olhos dela passaram a se arregalar demais enquanto eu desesperada perguntava aos sussurros:
- É o engenheiro???
E ela fazia sinal de mais ou menos com a mão... Enquanto eu e a outra integrante da liga tentávamos traduzir o que seria “Mais ou Menos um engenheiro” Manú se resumia a sons de “Aham, aham...” para em seguida desligar , e com a voz mais brochante do mundo dizer:
Gurias: é uma engenheirA!
Riso controlado com muito esforço, conseguimos fazer piada e dizer pra ela que talvez fosse uma experiência interessante para quem está lançada ao mercado e pode ter as mais variadas cotações, e portanto proveniente dos mais variados investidores(as)...
E aí Manu? Vai encarar?
Meninas: Desmascaramos o Fantástico: A Liga das Mulheres foi inspirada em nós!
Então tá!



2 comentários:

  1. Vany, Mandou Bem!!!
    O texto, delicioso como de costume, retrata perfeitamente essa liga com a qual tenho a sorte de cruzar diariamente! A "Manuella" é, realmente, essa figura que daria um Oscar para a atriz que a interpretasse, em um filme do Almodóvar ou do Woody Allen. Sorte de vocês, terem umas às outras...e sorte minha a de ser observador privilegiado de tanto desatino! Rsrsrs...Vida Longa para a Liga...e Vida Longa para o Então Tá da Vany!

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  2. Adorei!!!!!!!!!!! espero em breve mais histórias da liga!!!

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