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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Vic, a Mulher Maravilha - em Contos da Liga


Sabe aquelas pessoas que tem um estilo todo próprio? Antenada, ligada, fashion, inovadora..tendência?
Esse é o perfil de Victória.
Quem a vê pela primeira vez, tem clara noção de que é alguém envolvida com o mundo da moda, com grande conhecimento de cultura geral, sobre tudo quando se fala de música e cinema. 
Todo esse estilo pode ser comprovado desde os mínimos detalhes pensados cuidadosamente em tudo que ela usa. Desde a cor de esmalte "tendência" saído das ultimas coleções, até sapatos de muito bom gosto, vestidos bem cortados. Enfim...A mulher não é fraca e está sempre à frente. Vic é praticamente a versão ser humano da VOGUE.
O que ninguém sabia (até ontem)é de onde vinha inspiração para tanta criatividade relacionada a seu modo unico de vestir.
Mas, é claro, como de perto ninguém é normal, evidentemente essa “pessoinha” tem lá suas particularidades. Além de engraçada, sarcástica e irônica, ela tem alguns “causos” na vida que só realmente quando a gente confia muito na sanidade de uma pessoa é que se pode acreditar nas sandices que a cidadã já passou.
Essas revelações normalmente vem, quando a pessoa encontra-se num estado etílico digamos assim: um pouco alterado. Então, basta ela tomar algumas (muitas) doses a mais, e algo acontece. Leia-se ALGO BIZARRO acontece.
Pra elencar algumas, e dar uma noção básica da “situaçã”, ela por exemplo já levou paneladas de um mendigo, já caiu do ônibus na rodoviária e foi ajudada por flanelinhas enquanto seu pai e namorado assistiam a tudo incrédulos. Ela também já foi agredida por uma “coxa” (What?) num estádio de futebol. Não, não foi a coxa de um atleta maravilhoso que despencou a mando do destino em cima dela. Foi uma coxa de FRANGO mesmo.
Isso causou tamanho trauma na pessoa que Vic até hoje ficou com o frango “engasgado”...ela não consegue comer.
Sem falar nos tombos que bateriam fácil o recorde de "Maior número de tombos por pessoa", não só pela quantidade dos mesmos, mas pela incredulidade pela forma com que ocorreram.
Mas nada, nenhum, ABSOLUTAMENTE nenhum desses fatores, chega próximo ao mais bizarros dos bizarros narrado pela própria na data de ontem “aqui, numa mesa de bar...”
Papo vai, papo vem, Vic subitamente lembrou de uma historia a qual ela nunca tinha nos contado. E senta que la vem a historia.
Diz ela que quando começou a procura por seu primeiro emprego, a oferta que apareceu foi de “promotora de vendas”. Naquela época, uma profissão séria.
Em suma, a proposta era: Trabalhar num evento para um grande cervejaria. Mais propriamente de recepcionista do tal evento. Até aí nada de anormal...
Chegando no local indicado, Vic foi informada que deveria dirigir-se até o banheiro para pegar seu uniforme.
Lá chegando: Surpresa: O uniforme era a “roupa” da mulher maravilha. Pense: Roupa, botas, cinturão....
Ela tinha duas opções: Ou encarava os superpoderes, ou desistia. Porém, em desistir havia um problema: O “salário” e os vales transportes só seriam pagos ao final da jornada de trabalho, ou seja: se não encarasse a heronia, teria de ficar ate o final do evento sabe-se lá fazendo o que num local distante de qualquer traço de civilização.
E assim com dignidade, Vic cumpriu seu papel: Mulher maravilha ativar!! Encarou tão bem o papel que foi convidada para ao final do evento, levar um troféu para alguns representantes.
Vic é assim: Desde cedo encarando com naturalidade, um jeito próprio, exótico e maravilhoso de ser.
Então tá.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Tire o canudo de seu refrigerante


“Não me ajeito com os padres, os críticos e os canudinhos de refresco: não há nada que substitua o sabor da comunicação direta”. – Mário Quintana.

Sempre achei incrível essa frase do Mário Quintana. Essa, e outras tantas que com seu jeito singelo e desaforado traduzia a realidade da vida.
E hoje, precisei aplicá-la pessoalmente. E recomendo.
O medo tem o poder de paralisar e nos faz paralíticos mentais. Temos medo, e por termos não olhamos a situação com o distanciamento necessário.
As vezes o que parece um obstáculo inerente, se mostra uma possibilidade. É quando se percebe que ao encarar  o monstro ele não corresponde exatamente à imagem que se criou dele.
Na verdade, não lembra em nada aquilo que nossa mente produziu.
Quando o estigma se desconstrói e se mostra real, plausível e razoável passa a ser também possível de ser encarado.
Criar a imagem de uma pessoa, com base naquilo que se ouve, que se acha, que se imagina é lamentavelmente equivocado.
A comunicação direta com alguém que outrora parecia inacessível proporciona um enfrentamento interno em que é preciso ocultar todos os pré-conceitos e partir para análise clara dos fatos.
Só com base no que se tem é que se pode pensar o que fazer. Inverter os fatos é equivoco na certa.
Hoje aprendi que vale a pena tirar o canudinho do refrigerante, para finalmente descobrir seu real sabor.
Corre-se o risco de se descobrir um sabor nada agradável. Mas a grata surpresa de descobrir algo melhor do que se supunha, já vale o risco de tentar.

Então tá!

domingo, 25 de abril de 2010

Desde 1808


Preparando-me para a ressaca mental que me aflige antes das eleições. Embora outubro não seja amanhã, já me causa fadiga e repulsa todo aquele bla bla blá disfarçado de boas intenções e que somos obrigados a engolir de tempos em tempos.
Gostaria francamente de uma temporada de férias no período eleitoral, e que eu pudesse voltar somente depois que a lona do circo já tivesse sido desmontada.
Afinal, que diferença faz quem está lá, uma vez que eles não defendam os interesses de ninguém exceto o deles próprios?
Estou lendo 1808 Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil
.
1808” recebeu o prêmio de melhor Livro de Ensaio da Academia Brasileira de Letras e o Prêmio Jabuti de Literatura na categoria de livro-reportagem e de livro do ano de não-ficção, e não é para menos, já que muitas das perguntas que tantos de nós cidadãos em algum momento já nos fizemos, são respondidas nesse livro. Não havia como ser diferente. Desde a colonização, nossa história já estava escrita. O que se vê hoje é uma repetição repulsiva da escola de governantes que “a corte” nos trouxe.
A diferença, é que hoje no lugar da rainha louca e do príncipe medroso, nos restou o legado da corte corrupta. Ano após ano, os personagens mudam, mas a historia é a mesma. Um roubo diário e legalizado de dinheiro, recursos, mas principalmente de dignidade cidadã.
O excelentíssimo presidente me parece aquela mãe de menores de rua que ensina a filha menor a pedir esmola no sinal. A filha trabalha, mas é a “mãe” quem manda no negócio. Lula a mãe, Dilma a filha arrecadando votos. Patético.
Não tenho candidatos, não vejo um sequer que possa se dizer: Este cara leva jeito, é um administrador, pragmático, pensa do alicerce para cima, pois é assim que tem de ser.
Enquanto saúde, educação e segurança não forem pensadas e feitas com seriedade isso tudo não passa de um circo montado para a grande massa de manobra se distrair enquanto deposita seu voto na Urna. E como isso na minha esgotada e humilde opinião está a anos luz de ser levado a serio pelo governo, lamento: Abstenho-me de opiniões políticas. Afinal não se pode lutar quando não se acredita nos seus “soldados”.
Confesso que até mesmo aquele papo de que o voto é nosso único instrumento da democracia me causa estafa. Cansei, não quero ler, assistir, ouvir...fico com os episódios do Chaves, pelo menos causam riso franco e não de desespero.
Sim, é um instrumento de democracia, mas a verdade é que apenas faz parte do show, porque poucos desses votos são conscientemente dados. E quando se vende votos por cesta básica, emprego para a família, ou uma caçamba de areia, não se pode imaginar que eles tenham a qualidade que deveriam.
O único mandato em que realmente acredito que pode ainda render frutos é o mais simples de todos: O governar da família. A base, o ensinamento de valores, de justiça, da sublime diferença entre o que é certo e o que é errado mesmo quando o certo não nos traga nenhuma vantagem. É ensinando que caráter e dignidade não são adjetivos, são o mínimo que se precisa para se ter uma vida integra.
O resto meu povo, infelizmente é conversa fiada.
Salve Renato Russo: Que país é esse?!

Então tá.



sábado, 24 de abril de 2010

Manu e a escolha da cor - em Contos da Liga


E eu que achei que Manuella daria trégua no final de semana ao menos, mas não.
Manuella é incansável, sobretudo quando o assunto é reforma. 
Depois de causar tumulto do ramo da construção civil a procura de mestre de obras dispostos a aguentá-la trabalhar para ela, foi a vez de voltar a saga da pintura.
O pintor coitado, depois de fazer papel até de terapeuta tentando acalmar a cliente, decidiu não atender mais às suas ligações. Sim, ela ligava pra ele a cada nova tonalidade descoberta.
Dizem que ele prefere o desemprego, a assumir a empreitada. Temeu por sua sanidade, certamente.
Manú, já com o pintor contratado e ainda não decidida sobre a escolha da cor, tirou o sábado para tentar (eu disse TENTAR se decidir. 
Entretanto,acabo de receber a noticia de que hoje ela infernizou alguns vendedores das lojas de material de construção na busca da cor que ela quer.
Tudo dentro da normalidade, se ela ao menos soubesse qual  é a cor que ela quer.
Dentre todas as opções pesquisadas com afinco durante a semana, Leticia (suplicando por um socorro à amiga) acaba de me noticiar que Manu pegou uma amostrinha de uma cor LINDA: Verdinho Abacate.
(Pausa dramática para o Verdinho Abacate).
Quando eu pensava que o Pêssego, o Telha, e o Rosa Antigo eram o pior que ela podia optar, ela me apresenta o Verdinho abacate. Nada em absoluto contra o verde, mas tudo, definitivamente TUDO contra os “inhos” em todas as suas derivações.
Amarelinho, Verdinho, Azulzinho, Roxinho...NÃOOOOOOOOOOOOO
Começo a achar que sua carreira no Lar Doce Lar pode ser sumariamente prejudicada com esta escolha.
Me resta ainda um fio de esperança, já que ela ainda não ousou pintar a casa com esta aberração da cartela de cores. Por enquanto foi só uma amostra, mas o interesse me assusta, e põe em cheque uma das mais fortes características da Liga: Moda, Beleza e Comportamento.
Fica então meu apelo Manu... pensa com carinho. Como uma mulher bem sucedida, bonita, inteligente pode querer pintar a casa com algo que se denomine INHO!
Então tá!


sexta-feira, 23 de abril de 2010

Saboreando





Alguém algum dia falou algo como: Cuidado com seus sonhos, pois eles podem tornar-se realidade.
Porque quando a “coisa” acontece, ela não pergunta se você está pronto para ela...Ela simplesmente se coloca diante de você. E sempre há uma escolha a fazer...encarar, ou renegar: " - Não, obrigada, quem sabe mais tarde..."
Mas oportunidades não servidas por gentis garçons disponíveis aos nossos desejos instáveis.
Não dá para pedir uma segunda dose, quando o apetite mandar.
Elas são o prato do dia, a única refeição. Ou come, ou deixa para outro faminto comer.
Não há teste de prévia degustação. Não é possível provar pra ver se gosta. É encarar e pagar o preço da escolha. Sim, há de se pagar. Sempre há.
Mas há também o deleite da gula, o desfrute do fazer, o gozo da escolha.
A solução? Comer.
Da digestão, se cuida depois.
Bom apetite!
Então tá!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

A Reforma de Manuella - em: Contos da Liga



Manuella, que não é a deputada, pois se fosse estaria em Brasília morando num duplex pago pelos contribuintes, continua “causando” por aqui.
Manuella não tem dois “ L”s por acaso, é para complicar mesmo. E por implicância também, já que Victória (outra integrante da liga), fashionista antenada em tudo que há de IN no mundo, abomina nomes com dois “L”s, “Y”s e demais variações que internacionalizem a graça da pessoa. Tem meu apoio incondicional claro, que acho sempre que menos é mais.
O erro de Victória foi ter dito a Manuella que é uma aberração Manuella com dois “L”s... pronto. Bastou para antes de escolher o nome de seus filhos que um dia virão, Manu já ter definido que terão dois “L”s, e não se discute mais.
Enquanto não dá a luz a seus filhos “Gêmeos” – sim, ela já decidiu isso e o universo que não ouse em retrucar -, nem encontra seu príncipe encantado (oh que falta nos faz o príncipe nessa fase), Manu arregaçou as mangas e está agora na fase de sua vida que chamarei de: Reformando a Casa.
E ela resolveu começar pela escolha da Cor da casa.
Pessoas normais já têm em mente a cor que desejam pintar sua casa. Pessoas normais, não Manuella.
Num espaço de tempo de 6 horas, ela mudou algumas vezes de opinião, passando por todas as variações de Verde, Vermelho, Gelo, Bege, Cinza, Marrom, Branco (sim, ninguém duvide que ela encontrou variações de Branco).
Mas se engraçou também pelo amarelo, o rosa, simpatizou com o azul, e deu uma olhadela no lilás.
Quando ela se auto declarou decidida pelo vermelho, eu e Letícia suspiramos aliviadas e exauridas. Durante as 6horas citadas, demos as mais variadas opiniões, embasadas em tudo que nossa vã filosofia permitia.. Apelamos para a colorimetria, feng shue, tendências arquitetônicas, revista casa Claudia. Manu discordou de todas. Ora porque a cor sugerida não combinada com as janelas, ora porque não combinava com o muro. Ora porque a cor era muito clarinha e sujaria com facilidade. Ora porque era muito escura e chamaria muito a atenção.
Já rola na web um boato de que os simuladores de cores dos Sites Suvinil, Coral e outras entrarão em colapso em breve tamanho números de possibilidades que Manu testou.
Especialistas já pensam em contratá-la para criar cores jamais vista nas paletas oficiais.
Ainda teremos muitos episódios de reforma pela frente.
Nos consola pensar que Marcelo Rosenbaun terá grande interesse pelo currículo de Manu, e ela quem sabe, pode ser em breve vista aos sábados enlouquecendo prestando consultoria para o Lar Doce Lar.
Mas antes disso, ela precisa pintar a casa. E Deus nos ajude que seja breve.

Então tá!

terça-feira, 20 de abril de 2010

Contos da Liga...



Eu tenho a sorte de trabalhar num lugar em que fiz grandes amigos. Especialmente no setor em que trabalho, estão as mais próximas.
Além de serem as pessoas mais engraçadas e inspiradoras do universo, a gente se ajuda, se apóia, segura a onda uma da outra e por incrível que pareça: rala pra cacete.
Nós damos incontáveis gargalhadas juntas, e vamos às lágrimas com a mesma facilidade.
Rimos de nós, por nós, dos outros, pelos outros... Choramos compulsivamente..por nós, pelos outros e pela vida.
E em tempos que outrora foram bastante difíceis, esta sinergia serviu para que a sanidade se mantivesse, e juntas procurássemos o equilíbrio necessário para não desistir.
E isto posto, prova que a dificuldade aproxima as pessoas, porque a fragilidade do outro comove. A alegria do outro contagia. E o esforço do outro inspira.
Ao todo, somos 5. Mas no momento, estamos com duas “baixas” na corporação. Uma integrante de férias e outra com catapora. Isso lá é coisa que se pegue na vida adulta?
Ela jura que somatizou a doença por chamarmos ela o tempo todo de Bebê. Bobagem!
Hoje vou falar de uma dessas personagens, à qual darei o nome fictício de Manuella.
Manú, para ficar mais íntimo.
A Manu está em vias de comprar uma casa. Corre daqui, corre dali, e o financiamento da caixa acabando com as forças da coitada. Afinal, quem agüenta 9 meses de vai e vem de papelada, regularização, taxa, protocolo, certidões e todas estes pormenores desagradáveis que só quem passa é que sabe a via sacra que é.
Eis que finalmente, depois de 9 meses de gestação peregrinação, faltava APENAS a avaliação do engenheiro.  Como boa virginiana, metódica, doida, psicótica e neurótica que é, Manú já estava pensando no fatídico momento do “encontro” com o engenheiro.
Ela já planejava tudo: O vestido, o penteado, o perfume em doses expressivas, o charme do olhar, tudo em prol de que o moço olhasse e pronto: Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça...
Hoje, 16h00 da tarde Manu atende o celular afoita, e passa fazer na minha direção aqueles sinais característicos que só as mulheres entendem. Mas eu percebi que os olhos dela passaram a se arregalar demais enquanto eu desesperada perguntava aos sussurros:
- É o engenheiro???
E ela fazia sinal de mais ou menos com a mão... Enquanto eu e a outra integrante da liga tentávamos traduzir o que seria “Mais ou Menos um engenheiro” Manú se resumia a sons de “Aham, aham...” para em seguida desligar , e com a voz mais brochante do mundo dizer:
Gurias: é uma engenheirA!
Riso controlado com muito esforço, conseguimos fazer piada e dizer pra ela que talvez fosse uma experiência interessante para quem está lançada ao mercado e pode ter as mais variadas cotações, e portanto proveniente dos mais variados investidores(as)...
E aí Manu? Vai encarar?
Meninas: Desmascaramos o Fantástico: A Liga das Mulheres foi inspirada em nós!
Então tá!



domingo, 18 de abril de 2010

Adolescência Vazia



Domingo de preguiça básico, e depois do almoço resolvi em vez de ficar em casa “jiboiando” pelo efeito do churrasco, levar a filhota no cinema. O Filme era o único infantil em cartaz: Xuxa em o mistério de Feiurinha. Rendeu boas risadas, eu confesso. E isso por si só já vale a pena. Quando a risada é sincronizada com o riso largo da minha filha, a gente até esquece que o Luciano Szafir poderia ter sido qualquer coisa na vida menos ator e que a Sasha como atriz é uma excelente filha da Xuxa. Mas ok, não vou pegar no pé da guria que está recém começando, pode ser que melhore, vai saber! Critica cinematográfica a parte, a sessão foi jóia.
Como o processo digestivo do churrasco de domingo já estava concluída, e o estômago me fazia lembrar que já era quase noite, fizemos aquela paradinha na praça de alimentação.
E começa então, a segunda sessão de cinema do dia. Esta, gratuita.
Na mesa atrás da nossa, havia um grupo de 6 adolescentes que variavam entre 14 e 16 anos.
Três meninas adolescentes + Três meninos adolescente = Hormônios em ebulição.
Até aí, tudo perfeitamente entendível para quem já passou por essa fase (e nem faz tanto tempo assim) e sabe como as coisas funcionam. O que me chocou foi – digamos assim – a intensidade dos momentos “calientes”, em local publico. Talvez a culpa seja do Kid Abelha com sua mensagem do: em cima da pia, embaixo da escada...Mas pensando bem, eles sequer devem saber quem é (era?!?!) o Kid Abelha.
Do grupo, um casal em especial me chamou mais a atenção: Ela, com roupas estilo “mini-micro-coladas”. A calça jeans devia ter –sendo generosa – uns 4 cm de altura no ganho, e para compensar a “mini-blusa” (sim, no meu tempo aquilo era mini-blusa, hoje chama top) tapava a barriga. Leia-se: Tapava SOMENTE  a barriga, porque os peitos, já comemoravam a  liberdade. Para elucidar a cena com maior riqueza de detalhes, basta uma rápida busca no Google por: “roupas apropriadas para baile funk”.  Quanto ao rapaz, não observei nada além dos olhos quase saindo da órbita normal, se deliciando com “tudo aquilo”. Como se ele soubesse o que fazer com tudo aquilo!
Beijinhos daqui, beijinhos dali, e 5 minutos foram o suficiente para que eles esquecessem de tudo a sua volta, e passassem a contracenar cenas calientes. Era língua para tudo quanto é lado, mão naquilo, aquilo na mão, esfrega, puxa, agarra, pega e meu lanche eu já nem sabia mais que gosto tinha, porque era impossível ficar absorta à cena. Nem eu, nem todos os demais telespectadores à volta.
Ao me dar conta de que minha filha me puxava pelo braço insistentemente tentado me chamar a atenção, consegui recobrar a consciência e lembrar que eu não estava assistindo um DVD do selo: As Brasileirinhas e voltei a realidade. Chocada.
Lembram que eu citei no inicio que à mesa com o “recatado casal” estavam mais 4 adolescentes. Os coadjuvantes seguiam tranquilos fazendo seus respectivos lanches. E nenhum deles, nem delas sequer tiveram sua atenção chamada pela cena descrita. Nada. Era simplesmente a coisa mais natural do mundo. Afinal que mal há um amasso daquela “catigutiria” em pleno shopping lotado, às 19hs.
Seria eu, a estar no lugar errado? Na hora errada? Na época errada?
Sim, eu tive namorados na adolescência, aliás comecei nessa vida de “romance” bastante cedo. Mas eu lembro que por vergonha, recato, timidez ou um pingo de noção, essas coisas rolavam no local mais discreto possível. Era num canto qualquer próximo a escola, numa praça em algum local tranqüilo e seguro. Ou então numa festinha, no bom e velho escurinho do cinema... tudo, mas não assim, com esse “voyeurismo” proposital, descabido.
Afinal, quem teria um desejo incontrolável de ver aquilo que tivesse tão exposto?
Por sorte, ainda estou na fase do “Mistério de Feiurinha”, pois só Deus sabe o que será de mim quando eu chegar na fase do “Mistério dos Hormônios Ensandecidos da Adolescência”
Que eu tenha doses cavalares de psicologia e conte com a sorte de tentar mostrar o quanto a sutileza, a elegância, o charme, a educação podem ser usados sem contra-indicação desde cedo. E fazem, sem duvida, a diferença na vida adulta.

Então tá!

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Dimensionar é preciso.




Ando longe daqui, dali e pra falar a verdade longe de mim também, tentando me buscar.
Estou a caminho...
Mas é difícil conseguir escrever quando se está com ressaca mental.
Tanta coisa acontecendo e eu meio embasbacada, uma telespectadora de raciocínio lento para tantos acontecimentos que não temos a opção de não assistir. Eles estão ali. Eles te sugam, te consomem a TV, os jornais, a internet e não há quem passe batido por eles. Diante disso, pego minha fita métrica, meço tudo direitinho, ponho meus quês e porquês na balança e quer saber? Nenhum deles tem importância perante tantos fatos Surreais – eu procurei um adjetivo menos obvio, mas não há maior obviedade do que dimensionar sua vida de modo real, e ver que nosso umbigo definitivamente não é nada além de um buraco na barriga. O centro do mundo, sabe-se Deus onde fica, e a esta altura provavelmente deve ter sido soterrado pelas chuvas incessantes como no Rio de Janeiro.
Tragédias naturais que resultam em catástrofe não são novidades para ninguém, e não quer dizer que o mundo vá mesmo acabar em 2012 . Mas é aquela velha máxima...a gente nunca pensa que acontece com a gente, ou com alguém próximo. Não que eu more próximo, pelo contrário. Mas me “tele-transportei” de mente, alma e solidariedade para o RJ. É cruel, doloroso e desumano, ver –mesmo que pelos meios de comunicação- tantas famílias desfeitas, tantas vidas interrompidas, tanta dor e tanta perda.
E o mais difícil, além de sentir a dor dessas pessoas, é ouvir o solene governador Sergio Cabral Filho, informar em rede nacional a uma importante emissora de rádio, que “As pessoas vivem em áreas de risco, porque insistem em morar próximo ao local de trabalho”.
Assim como é difícil saber que em meio a tanta tragédia, em que bombeiros, escoteiros e civis se aglomeram como podem num efetivo insuficiente e capenga para ajudar a quem for possível, não se ouve sequer falar nas forças armadas.
Onde estão? O que fazem nessas horas? Estariam concentrados em algum treinamento secreto, para uma possível guerra que um dia quem sabe, possa acontecer? Vamos invadir o Iraque? Vamos defender a Amazônia de bombardeios bolivianos?

Isso esgota, não deixa rastro para argumentos e revolta.

Então tá!