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sábado, 20 de fevereiro de 2010

Filhos


segunda-feira, 25 de maio de 2009

Deveriam vir com o Menu Ajuda no canto da testa, digo da tela.
Como explicar a uma criança que, por mais que ela esteja de mau humor naquele dia, não pode desrespeitar os mais velhos. Deve tratá-los com carinho, respeito, dar bom dia, boa tarde, boa noite… Com licença, obrigada, de nada, com sorriso Colgate nos lábios e rostinho angelical.
Minha filha cansa de passar reto por quem lhe cumprimenta e eu fico pra morrer. Mas vejo nessa petulância e falta de educação, uma dose de personalidade. Ela não faz tipo. Não agrada forçosamente quem quer que seja, nem eu. Evidente que nem por isso deixo de repreendê-la, pois um pouquinho de sociabilidade não faz mal a ninguém.
Ensinamos a eles tudo aquilo que não fazemos na vida adulta  ou evitamos fazer. Por vezes até fazemos, mas muito a contragosto e respaldados por alguma necessidade obrigatória.
Se não estamos dispostos a ir a determinado local/evento, não vamos. Se vamos, damos um desculpa rápida e meia volta volver. Vale dor de cabeça, calo no pé, meia calça rasgada, o telefonema de uma tia fictícia, que sofre de alguma doença terminal inventada e precisa nos ver pela última vez, para dizer-nos algo muito importante. Encarapuçados com a verdade momentânea partimos em retirada sem olhar para traz. Melhor ainda se tivermos um cúmplice acompanhando para dividir os ufas de alívio na volta para casa.
Mas criança não. Sempre que olho pra minha filha se comportando mal em algum local que vá comigo, depois de todas as tentativas de contê-la, e por aí passam: suborno, ameaças, chantagens, enfim….artifícios que toda a mãe de crianças nessa idade utiliza sem culpa, pq no fundo a gente tem boas intenções. Sim eu sei, o inferno está cheio…mas enfim, sempre após esses episódios em que me escabelo, me pergunto: mas porque ELA faz isso??!?!?! Só pode ser para me provocar!!!! (Quanta pretensão!!!)
Mas a questionice em que me encontro, anda me cutucando e dizendo-me ao pé do ouvido: Faça a pergunta correta… Faça a pergunta correta. E eu venho há algum tempo me fazendo de desentendida, ou talvez não mesmo entendesse.
Mas eis que de tanto procurar resolver o impasse (a falta de modos da minha filha  ainda se usa falta de modos? Affff) descubro que a pergunta correta é: Por que EU faço isso? Por que fazemos isso com as crianças?
Porque obrigá-las a cumprir protocolos que venhamos e convenhamos, nada tem de conexão com o mundo delas? Porque levá-las em restaurantes, pizzarias, e afins quando não estão dispostas, quando nada de atrativo tem pra que elas se permitam gostar.
E pior… Ainda cobramos que fiquem sentadinhas ao nosso lado, com uma impecável postura, querendo que falem num tom baixo, se possível em português coloquial. Por quê? Pra provar o que? Pra quem? Que tipo de troféu estamos querendo exibir por aí, para que nos condecorem com honras e titulo honorário de: pais-educadores-exemplares.
Criança histérica, mal educada, gritona, respondona  é o fim. Ninguém suporta, nem eu. Mas daí a querer cobrar que façam o tipo: satisfeitas, num programa que pra elas não passa de baita chatice, é um pouco demais.
Que fiquem em casa assistindo Charlie e Lola, na calorosa companhia dos avós, comendo todas as guloseimas proibidas e sejam felizes.
Filha: passarei a te poupar!
Então tá!

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