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sábado, 27 de fevereiro de 2010


Ganhei este lindo presente de aniversário, dos incríveis amigos do trabalho.
Amei, não me canso de olhar.
Além de lindo, o livro é da Clarice Lispector, que é claro por si só basta!
Vou devorá-lo, fato! ;/

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Insônia Criativa



A insônia criativa
Tem gente que tem a bênção do ócio criativo. Esse, por falta de tempo não me pertence.
Mas descobri, que tenho a “insônia criativa”.
Ela não é crônica, graças a Deus. Via de regra durmo muito bem obrigada e os carneirinhos nem chegam a pular a primeira cerca e eu já capotei.
Entretanto, quando a insônia chega, vem de malas prontas e se instala sem pressa de regressar. Eis a insônia criativa.
Afinal o que fazer quando todas as luzes se apagam, quando todos os moradores da casa foram dormir, e quando a TV não fornece nada que mereça meu estender de mãos até o controle remoto? Sim, exercitar a criatividade.
Incrível como tudo se resolve facilmente numa noite dessas.
E a criatividade é eclética: Com ela reformo a casa, programo as férias, ando de bicicleta.
Organizo o dia seguinte, tenho idéias mirabolantes, faço planos indizíveis.
Penso em parar de fumar, planejo arranjar mais tempo pra família, e lembro de retomar a dieta.
Imagino a viagem dos sonhos, faço esboços de roupas diferentes, lembro de arrumar o roupeiro, penso em fazer um trabalho voluntário.
Prometo levar menos coisas na bolsa, começar alguma atividade física, e penso no futuro.
Lembro o que pensava, lá em mil novecentos e antigamente sobre o que estaria fazendo no ano 2000. Percebo que fiz muita coisa e que essas foram totalmente diferentes do que imaginava, e que fiz escolhas que me trouxeram até aqui. Portanto, estou onde devia estar: nem mais nem menos, simplesmente aqui.
Quero seguir com as noites bem dormidas, mas também com as de insônia criativa, afinal a criatividade não custa nada e nos permite viajar sem sair do lugar. Pelo menos até que o sono venha.

Então tá!

A escrita de cada um



Por uma série de fatores rotineiros próprios de um início de semestre na faculdade, fiquei alguns dias distante do blog.  E neste curto espaço de tempo, pude me dar conta do quanto a escrita me faz falta.
E quase que por acaso, me dei conta do quanto a escrita sempre esteve presente na minha vida, desde muito cedo.
Naquela época, eu não tinha evidentemente as ferramentas que tenho hoje. Nem computador havia, quiçá um blog!
Mesmo assim, ela – a escrita – sempre esteve ali.
Por vezes num caderno de “poesias”, do qual eu tenho um profundo sentimento de perda por tê-lo dado um fim indigno qualquer. Outras vezes em agendas recheadas de frases, dizeres, rabiscos e versos desconhecidos.
E na falta de qualquer um desses, numa aula insossa qualquer, um caderno usado de matemática  e sua contracapa serviam de prancheta para palavras soltas, pensamentos delirantes e desabafos de todos os gêneros.
Hoje, bem como naquela época, a escrita nunca fora previsível, pensada, estruturada. Veio sempre de algo que surgia em um fio de pensamento que emanava sem aviso prévio.
Uma coisa levando a outra, e saindo uma salada que na maioria das vezes eu nem sei bem de onde tirei.
O fato é que todo mundo tem sua “arte” secreta. Seja ela a escrita, a pintura, a musica, a dança, os trabalhos manuais. Todos tem em si, sua auto-terapia. Aquela em que nossos fantasmas recebem ordem de despejo, e na qual canalizamos as energias extras que borbulham dentro de si, e que de fato precisa atracar em algum porto.
Não escrevo pra ninguém. Minhas “cartas” têm apenas remetente, não destinatário.
Escrevo pra mim. Para me olhar de outra perspectiva, me analisar, me avaliar e ver por onde ando. É um Big Brother interno que não tem prêmio de 1 milhão. Mas tem um pouco de mim em cada linha, e não há de ser pouco. Deus queira!

E você? Qual é a sua escrita? Sempre há.
Então tá.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

A Perereca da Cozinha




Sabe o que faz uma mulher histérica quando encontra uma perereca em cima da pia da cozinha?
Não sei.
Mas eu fiz um PEQUENO escândalo. Sim, descompostura total e geral, quem se importa?
Esqueci tudo que sempre busquei em matéria de equilíbrio, calma, e racionalidade.
Gritei desvairadamente, corri de um lado pro outro da casa aos berros até receber socorro.
O socorro veio, mas ao tentar exterminar a bichinha ela deu um salto ornamental e a gritaria aumentou.
Assim, éramos duas a saltar pela casa, e eu não perdi pra ela: pernas pra que te quero, e as minhas eram maiores do que as dela. Alguma vantagem eu havia de ter.
Danem-se os vizinhos, o ecossistema, a familia da perereca, e até minha filha tadinha que dormia o sono dos inocentes no momento da confusão e acordou assustada querendo saber porque mamãe gritava tanto.
Logo mamãe, que pede sempre pra ela não gritar, falar baixo, não correr...em vão.
Enfim, quando o "socorro" conseguiu matar a perereca já era tarde. Meu estômago estava embrulhado, só de pensar em ter que me aproximar da pia para lavar um copo e encontrar aquela coisa peçonhenta ali de novo.
Sim, pois a família haveria de querer reclamar o corpo em algum momento...
Cá pra nós...o bicho além de ser feio pra CARA(mba), é viscoso e gelado. A única serventia é comer insetos, ora comer insetos! Isso lá é objetivo de vida meu Deus?
Por mim que o mundo fique infestado de insetos, mas que fossem exterminadas essas criaturas verdes e nojentas que rondam a casa alheia.
Não foi a primeira, ela não era réu primaria. Outro dia encontrei no meu banheiro, 6h da manhã, mas o que é isso?  Não, eu não moro no pântano, nem num reino tão tão distante, mas sei lá por que diabos esses bichos atentados resolvem fazer minha casa de paradouro vez em quando.
E pra quem ousar fazer piadinha infames alegando que não devo ter medo de perereca já que tenho uma, já vou logo avisando. A minha não fica pulando por aí. Pelo menos não em cima da pia da cozinha.
Bastou. Nunca mais lavarei louça. Bem que eu sempre soube que meu lugar era bem longe da cozinha.
Afff

sábado, 20 de fevereiro de 2010







Leve a Educação para jantar



sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Eu poderia elencar algumas coisas nesta vida, que me deixam bastante irritada. Mas se tivesse que escolher alguns itens, certamente um dos primeiros da lista seria: Falta de Educação.
Entendo que seja este o princípio básico de qualquer convivência em sociedade, e aliada ao respeito, são os dois quesitos primordiais pra que eu consiga admirar verdadeiramente alguém.
Aos que não tem educação, menos ainda terão respeito pelo próximo, já que um passa obrigatoriamente pelo outro.
Não é por acaso que são os primeiros valores que os pais que se prezem tentam passar aos filhos. Educação + Respeito, o resto a vida ensina. Mas esses dois têm de vir de casa, do berço, do jantar informal em família, da churrascada de domingo, do amigo secreto de todo o final de ano. Tem de vir do corriqueiro do dia a dia, do bom dia corrido pela manhã, do boa noite exausto a deitar.
E não espere que ela se adquira na escola, Não! Tem de vir de casa mesmo.
Desrespeito e falta de educação, também se vê nessas pequenas sutilezas (ou falta de) que presenciamos no dia a dia;
Pensei muito sobre esses valores ontem à noite, ao voltar de um restaurante onde fui jantar.
Ao lado da mesa em que estávamos, havia um homem sozinho, falando ao celular.
Mas ele falava num tom tão alto e efusivo, que era impossível deixar de ouvir a conversa que ele estava tendo com a filha que estava passando as férias em Santa Catarina. Pensei: Coitado, a ligação deve estar ruim, por isso está falando tão alto. Mais uns 5 min. de conversa e a ligação se encerrou no momento em que se senta à mesa dele uma moça (sua namorada, vim saber depois).
Muito discreta, deu-lhe um beijo e começaram a conversar. Ou melhor: Iniciaram um monólogo. Ele gritava e ela ouvia, morrendo de vergonha (presumo eu), já que era inevitável que todos a volta se virassem pra observar de onde vinha aquela gritaria desvairada. Não, ele não estava xingando, brigando ou coisa parecida, estava contando coisas do cotidiano, dos acontecimentos do dia, mas nos níveis mais altos, ultrapassando todos os decibéis aceitáveis num ambiente fechado.
Até aí o clima era ameno, ela já deveria estar acostumada a acordar com a voz do “Cauby Peixoto” todos os dias. Difícil mesmo foi quando ele passou a desfiar o rosário de sua opinião sobre Internet, Orkut, e-mail, MSN e sites de relacionamento. Em suma - na teoria do jovem Senhor - quem utiliza destas ferramentas não passam de “idiotas exibicionistas”, e outras gentilezas do mesmo nível.
E que ela tratasse imediatamente que acabar com essas “coisas” pois ele não queria saber disso em sua casa.
Para o azar dela, e dos demais espectadores daquele discurso digno de Odorico Paraguaçu (a contar pelo entusiasmo na defesa de sua tese), a discussão foi iniciada pela própria namorada, que deve ter feito algum comentário infeliz sobre alguma dessas ferramentas (utilizadas por ela) e bastou para que o troglodita lançasse seu rico arsenal de sutilezas, que se seguiu até o final do jantar (do nosso, pelo menos). Daí pra frente resolvi me concentrar na comida – deliciosa por sinal - e deixar o locutor de rodeio ali com sua garganta poderosa, mas era impossível não ouvi-lo, eu juro que me esforcei.
Me peguei pensando o que eu faria no lugar da moça que o acompanhava. Tenho para mim que primeiramente não teria um relacionamento sequer cordial com um “tipo” desses, mas caso me encontrasse justamente naquela situação, creio que levantaria calmamente e o deixaria falando sozinho. Sim, porque realmente não havia necessidade de ficar ao lado dele, já que se podia ouvi-lo a quilômetros de distancia.
Enfim resolvi recolher meus pensamentos e ficar com a primeira opção de que jamais me relacionaria com alguém assim. E nem falo de relacionamento homem x mulher, esse então nem se cogita, mas sequer me imagino numa situação de amizade com gente desta natureza. Porque me incomoda muito gente “fiasquenta”, que precisa ser o centro das atenções, que insiste em fazer de qualquer lugar seu picadeiro, de qualquer conglomerado de gente, sua platéia. Gente que obriga os demais a tornarem-se espectadores de suas vidas, e (no caso do rapaz citado) ainda tem a pachorra de achar que quem usa um site de relacionamento é exibicionista. Alguém por favor, me lance um adjetivo que se aplique ao dito, já que exibicionista ele não se acha.
Que há exibicionismo na internet? Sem dúvida…Exibicionismo a gente vê até na missa do domingo, ora! Isso independe do canal que se use para externá-lo, mas pelo menos, o da Internet é silencioso e acessa quem quer, ao contrário deste outro tipo de exibicionismo misturado com falta de educação e respeito ao qual somos obrigados a assistir, mesmo quando saímos de casa apenas pra curtir um jantar em família.
Então tá!
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Doidas e Santas



segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Estreando na categoria Livro do Momento..
Criei esta categoria afim de divulgar o livro que estou lendo no momento, e falar um pouquinho sobre ele.
E nada melhor do que estrear, com ela que é uma das minhas autoras prediletas: Martha Medeiros.
Estou lendo neste momento Doidas e Santas, e minha opinião claro, é que é fabuloso.
Um livro que traz uma coletânea de Crônicas escritas por Marta no jornal Zero Hora.
Ela é claro, com seu humor sutil e peculiar, e sua sensibilidade aguçada, nos leva do riso escancarado às lágrimas incontidas. Amei.
Vale a Pena!
Besos

Salve Geral



No ultimo sábado tive a oportunidade de assistir ao filme Salve Geral, do diretor Sérgio Resende.
O filme retrata a onda de violência vivida em São Paulo em maio de 2006, onde a cidade sofrera inúmeras ações de violência que fez a maior cidade do país parar num toque de recolher determinado pelo PCC. Algo realmente sem precedentes, apesar de ser uma ameaça real, que sempre esteve ali embaixo de nosso nariz.
Como pano de fundo, a interpretação fantástica de Andréa Beltrão, que faz a mãe de um adolescente que por um “incidente” acaba matando sem querer uma jovem, e caindo da cova dos leões: a cadeia.
Assistindo ao filme é possível chegar a mais intragável e realista conclusão: Não é um relato do bem contra o mal, onde os super heróis da polícia salvarão os mocinhos(as) (a população) das mãos dos bandidos.
Há sim uma guerra de interesses particulares, uma guerra de egos inflados e de ambições ilimitadas. Uma guerra da pobreza inconformada com uma sociedade desigual, e que encontra por meios criminosos, a chance de ver algo acontecer.
Há uma ideologia por traz de cada um daqueles homens perigosos. A vontade de crer em algo, mesmo que o algo seja a violência. Há uma necessidade gritante de se fazer ouvir, de se sentir parte de uma sociedade, e quando essa não se dispõe a abrigá-los, cria-se uma com suas próprias leis. A sociedade do crime.
Na retrospectiva 2006 dos maiores jornais do país, figura a seguinte manchete: 16 de maio - Chega ao final a primeira onda de ataques a alvos policiais e civis em São Paulo. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) anuncia os números finais da crise: foram 251 ataques, com 115 mortos e 115 suspeitos presos. Entre os mortos estão 32 policiais (civis e militares), 8 carcereiros, 4 civis e 71 suspeitos de fazerem parte da organização dos ataques.
Enquanto nas penitenciarias em rebelião, os presos ligados ao “partido” (é assim que é tratado o PCC por seus integrantes), bradam o lema decorado por todos: Paz, justiça e liberdade, a bomba relógio é ativada, deixando menos tempo para os “desavisados” cidadãos.
O “Salve” foi o nome dado ao o recado claro endereçado a 200 mil integrantes do partido espalhados pela cidade, e não deixava duvidas: A ordem era uma “festa” em cada bairro. Leia-se: Um atentado violento deveria ocorrer simultaneamente por toda a cidade. Os alvos eram principalmente policiais de todas as divisões. Além de shoppings, aeroportos e demais estabelecimentos que, sendo alvos de ataques, causassem um horror generalizado.
O motivo: A transferência do mais alto escalão do “partido” a uma prisão de segurança máxima, onde se supõe, estariam impedidos de continuar dando as ordens a seus “filiados”.
Mas algo em particular me chamou atenção no filme. Em uma das cenas, Chico (um dos chefões do PCC), já na penitenciária de segurança máxima, recebe a refeição em sua cela.
Cela esta, que comparada ao cubículo insalubre que dividia com mais um incontável numero de presos, podia ser considerada a suíte presidencial do Copacabana Palace.
A grosso modo, era um preso que vivia em condições sub humanas, numa cela fétida e superlotada, onde era necessário fazer rodízio com os demais para dormir, já que não lugar para todos. A bem da verdade não havia lugar nem para 1/3 deles.
Mas ele (assim como os demais), não admitiam trocar seus centímetros quadrados em suas celas, onde eram os poderosos, por um lugar com celas individuais, com colchões confortáveis e roupas limpas. Não.
E não admitiam justamente por serem ali, apenas mais um.
Nas detenções provisórias, onde manda quem tem “cargo” e obedece quem tem medo de morrer, eles eram os juízes, os algozes e os diretores da organização criminosa. Ênfase na “organização”, pois eis um exemplo de “sociedade” em que a organização impera e as leis são implacáveis: O PCC.
E esse poder não pode ser minimizado, já que foi por meio deste que se conseguiu parar e aterrorizar uma cidade do porte de São Paulo. Não é pouco, não é pra qualquer um.
No PCC não há desobediência, traição e roubo interno. Quando há, a mesma é paga com a vida.
E os julgamentos, ao contrário da justiça comum, não dependem de longas burocracias, de inquéritos intermináveis, de recursos que prorrogam decisões e alimentam a sensação de impunidade.
Não. Lá, os julgamentos são full time, e a pena de morte é legitima.
Dependem de um simples telefonema, que determina se o fulano em questão “sobe” (morre), ou se permanece tendo o direito de seguir do partido.
Encalacrado numa situação de terror generalizado, o secretário de justiça no filme, vai até a prisão “negociar” com os presos numa tentativa desesperada de tentar desativar a “bomba atômica” que pairava sobre a cidade. Não havia muitas opções. A opção era atender as exigências dos detentos, ou o que se veria nos dias seguintes seria um mar de sangue morte e destruição pelas ruas. Não houve jeito: Cederam. E “éticos” que são, os chefões do crime, deram a ordem de cessar fogo aos 200 mil “seguidores do partido” – número informado pelos mesmos.
Longe de mim, fazer apologia ao crime, mas às vezes penso que se a justiça observasse mais como funciona a organização do crime, poderia de lá tirar valiosas lições, inclusive de ética, pois ela há.
O nome do filme é Salve Geral, mas poderia bem ser um Salve-se Quem Puder, pois é somente o que nos resta.
Então tá.
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Sensualité avec élégance _ Divas




Tive a oportunidade de assistir, na ultima semana em Sp, o show da cantora Beyoncé, com abertura de Ivete Sangalo.
Inútil e repetitivo se eu relatar aqui sobre a estrutura musical do show, a infra do Morumbi, ou da energia contagiante das duas artistas.
Pior ainda se eu reproduzir um Ranking da revista Forbs sobre a mais influente, a mais rica, a que vendeu mais discos.
Por um simples motivo: Gosto de ambas, tanto é que fui ao show. Isso por si só, já não me permitiria uma reflexão imparcial. Comparações então? Me recuso. Cada uma no seu terreno, e, diga-se de passagem: brilhantemente explorado.
Mas têm algo que ficou latente pra mim, depois dessa experiência de ver essas duas mulheres incríveis no palco, no realizar de seus ofícios.
A elegância sensual, ou a sensualidade elegante - como queiram - de ambas.
Além de serem simpaticíssimas com o público, interagem o tempo todo, é incrível vê-las se emocionar verdadeiramente no palco.
Também não é pra menos… Se da arquibancada, sentíamos o estádio vibrar (literalmente), imagina ter essa visão do palco para o público. Deve ser uma sensação surreal, e para poucos (as).
No meio de músicas contagiantes, e total conexão entre dança e canto, elas se agigantam no palco.
Mas, voltando à elegância sensual / sensualidade elegante, é aí que se entende o motivo de serem consideradas Divas, como outras poucas mortais.
Mulheres semi-nuas e rebolativas, temos às pencas e de fácil acesso a todos por aí. Para todos os gostos, ocasiões e bolsos, se é que me entendem.
Há ainda os exemplares virtuais que podem ser apreciados gratuitamente em programas de TV (qualquer um, já que 80% deles resolveram apelar para a técnica das moças rebolativas para aumentar audiência)
Se esses não lhes agradar, temos também as catalogadas em sites (alguns especializados) de todas as espécies. Alguns vêm até categorizados para facilitar a degustação. Digo: a visualização.
Pode-se filtrar por: Mulheres Fruta, Musas do Carnaval, Ex BBBs, e afins. Bem ao gosto do freguês.
Algumas até cantam –pelo menos assim elas classificam seus grunhidos, miados e gemidos escatológicos – em “vibes” por aí.
Pois bem…mas não era a essa “sensualidade” que me refiro, até porque a denominação não seria bem essa. Apelação seria mais apropriado.
Falo da sensualidade que presenciei no Morumbi no ultimo dia 06, e que só ratificou o óbvio.
Mas afinal, o que elas têm de tão diferente? Simples: Sensualidade na dose certa e uma generosa pitada de elegância.
Ser sensual não significa andar nua. Um olhar tem um poder às vezes bem maior.
Ser sexy, não significa ser vulgar. Não é preciso reproduzir nos palcos da vida o que se faz na cama. Deixe isso por conta da imaginação alheia, certamente bem mais aguçada com a curiosidade do que com todo o cardápio a mostra.
Ser atraente, não significa comprar uma calça dois números menor que o seu, e andar por aí asfixiada tentando se equilibrar numa sandália de passista de escola se samba.
Ser gostosa, não necessariamente exige que se ande de short de lycra, piercing no umbigo e cabelo loiro gema só por que é verão. Gostosa é uma pele macia, um cabelo bem tratato, unhas bem feitas e um bom perfume. Se estiver vestida da cabeça aos pés, não importa. Nada será ofuscado, por que a sensualidade emerge, exala, encanta.
Ser sensual e elegante está na arte de descobrir o que lhe cai bem, aquilo que favorece o que já existe de bom, e esconde aquilo que todas temos de esconder um pouquinho, faz parte.
Está num sorriso leve, numa voz baixa, em movimentos delicados. Dançar o “Créu” na velocidade 5 (que diabos é isso?) é pra turma aquela da apelação…e devem ter lá seus motivos, vá saber.
Tente, em vez de uma acrobacia circense, em vez de planejar atirar-se do lustre, dançar sobre uma musica suave, meia luz, jantarzinho especial…a leveza é amiga da sedução.
Ornamentos são lindos, mas seriam um desastre enroscados em partes indevidas… e lembre-se: menos é mais.
Solte a Diva que existe em você, e deixe a vulgaridade pra quem não sabe diferenciar uma coisa da outra.
A elegância está nas atitudes, e quem a tem pode ser sexy até de pijama…como a Bey.
Então tá.




Desabafo do Dia



quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Era uma vez uma mulher que possuia duas linhas telefônicas. Uma delas na operadora A e outra na operadora B.
Certo dia, ela tentou a portabilidade de uma das suas linhas da operadora B para a operadora A..
Mas, pra variar, um similar da espécie rara de atendentes de call center que lhe atendeu, não lhe Entendeu, e aí começa a confusão.
Em vez de realizar o solicitado, a mocinha embaralhou as coisas de tal forma que a mulher ficou com uma linha que não lhe pertencia, cancelou a que lhe pertencia, e instalou uma nova onde não devia.
Sério…é possível manter a paciência diante de tanta incompetência?
Dai-me.
Pronto, passou.

Quase 30.


Dia desses, num daqueles dias em que nos olhamos no espelho e nada nos satisfaz, tive um choque de realidade.
Comecei botando defeito na roupa que não me caía bem – nem depois de tê-la trocado pela 15ª vez. Passei pelo excomungar dos cabelos, jurando que nunca mais permitiria que ele fosse cobaia de testes de coloração com procedência duvidosa.
A partir daí a lista de desagrados seguiu impiedosa, passando pelo resto do conjunto.
Mas foi quando cheguei ao rosto pra examinar a gravidade das olheiras, me vi de verdade. Prestes a fazer 29 anos, ou pior: Quase 30.
Quase 30… Quase formada, quase aprendendo inglês. Quase fazendo ioga, quase marcando as férias.
Quase aprendendo a educar a filha, quase aprendendo a lidar com a TPM.
Quase conseguindo emagrecer, quase usando a agenda, quase aprendendo a me organizar.
Quase enxergando que, quando se está com um problema é muito mais fácil – e barato – ficar em casa quietinha e chorar até o secar do poço, do que gastar os tubos em qualquer bobagem digna de arrependimento posterior.
Quase entendendo que as pessoas não têm a obrigação de pensar como eu.
Quase aceitando que pra ser bom, não preciso aceitar a tudo e a todos. Dizer “não”, faz parte.
Quase aprendendo que os problemas dos outros, são dos outros porque são eles que têm de resolver, não eu.
Quase entendendo que a vida requer um jogo de cintura que nenhuma bailarina do É o tchan teria (ta vendo como estou mais para os 30?). Ou se aprende isso, ou se está fora do jogo.
Quase assimilando a idéia de muitas vezes a melhor resposta é o silencio, a cabeça fria, esperar a poeira baixar.
Quase entendendo que essa ânsia de ser uma super mãe, uma super profissional, uma super mulher, tudo isso de salto alto e vestindo 38 só me frustra e me impede de viver o presente.
Quase aprendendo que eu posso errar e que isso não é o fim do mundo, e que os fracassos também fazem parte de qualquer biografia.
Quase enxergando que as pessoas têm o direito de se magoar comigo, e que eu não posso decretar meu fim por conta disso, mas que posso sim pedir desculpas sem me sentir menor por isso.
Quase chegando a níveis mais aceitáveis de stress - não de paciência.
Quase me convencendo de que faço muito melhor as coisas que gosto, mas que as que não gosto também são necessárias. Que sejam então um aprendizado.
Quase aceitando que tenho grandes defeitos e grandes limitações. E que enxergá-los é condição sine qua non para superá-los.
Quase 30.
Será que isso tudo vai mudar?
Quase certo que não.
Então tá.

Desabafo do Dia


Não basta um calor de 42º hoje na cidade. Faltava o apagão.
Não falta mais: 6 horas sem energia elétrica.
Eu sabia que devia ter nascido na Europa, mas a cegonha deve ter parado pra descansar, e como era carnaval, se jogou na folia e me esqueceu por aqui,só pode.
Ainda pego essa infame!
Pronto, passou.


Desabafo do dia

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Hoje vi pessoas fazendo cooper ao ar livre.
40º na sombra.
Estavam pagando promessa, só pode.
Pronto, passou.


O que a infância nos rouba



Sempre gostei muito de viajar, desde criança.
Adorava aquela farofada de verão, uma correria louca pra garantir a temporada de praia.
E era sempre a mesma função: Quando tinha casa , não tinha carro. Se tinha carro, não tinha casa. Se tinha ambos, não havia ninguém pra ficar com o cachorro, que por sua vez não podia acompanhar a trupe pela evidente superlotação dos veículos disponíveis.
Depois de organizar toda essa logística complicada, vinha a fase mais deliciosa..a de arrumar as malas e fazer planos para aqueles 3 meses entre dezembro e março que pareciam infinitos.
Minha mente infantil não descansava enquanto não chegasse o famoso dia de partir. A noite anterior era de insônia garantida. E enfim, chegava a tão esperada hora de viajar.
Aperta daqui, aperta dali, e se conseguia – sabe-se Deus como – alojar aquela parafernália toda no porta malas e “lá vamos nós”.
Chegando no destino, era só curtir aquilo que a infancia tem de melhor…a leveza, o descompromisso autorizado, a alegria gratuita. Eram três meses em que o impensável era permitido. Sorvete e refrigerante ao nosso bel prazer. Torrar no sol da manhã até o finalzinho da tarde, pouco se importando se a água do mar estava limpa ou suja, se estava calmo ou agitado. Andar de pés descalços era lei. Rolar na areia, era praticamente um ritual obrigatório.
O sol não era não forte. Não tinha horário em que os raios UVA e UVB eram mais ou menos agressivos. Havia o sol somente. Soberano, sinal de verão.
Protetor solar era frescura. Guarda-sol? Só se acaso algum idoso quisesse cochilar na beira da praia.
Andar descalço não fazia mal.
Os mosquitos não incomodavam, não traziam a dengue.
Não havia água própria ou imprópria pra banho: Havia o mar, somente.
Talvez todos esses problemas já existissem sim, mas crianças não os detectam. Para isso existem os adultos e suas vigílias incessantes.
Hoje, sob o Sol da Toscana (Porto Alegre, 40 graus a sombra), olho pra minha filha, do alto de seus 6 anos, e com todo o gás que lhe é peculiar e fico pensando: Meu Deus, como é que agüenta, neste calor infernal, correr tanto, pular tanto, e sequer se cansar? Fácil: Ela é criança. Eu fui ela ontem. Hoje sou a adulta chata que faz a vigília e se admira com a energia que ela possui.
Bons tempos… boas lembranças de um pedaço de nós que a infância rouba, e fica lá.
Há muito o que aprender com as crianças.
Então tá!

Desabafo do Dia



terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Pior do que a transmissão do BBB na tv, e todos os outros canais de midia que popularizam o programa, é ver que após o término, esses “famosos” integrantes serão todos tratados como celebridades importantissimas.
Pena que não tratamos com o mesmo entusiasmo quem realmente faz algo de importante no país.
Porque definitivamente, mostrar a bunda na TV, não carece de conhecimentos muito aprofundados.
Nada contra a inutilidade como diversão, mas daí a achar que estamos diante de heróis vindos de uma revolução, já é um pouco demais.
Pronto, passou

Desabafo do Dia


Gente detalhista demais, que explica demais, que exige explicações demais, que demora séculos pra relatar um fato…Gente que conta um sonho com riqueza de detalhes, todos sem a menor importância, claro…
Gente que começa a contar uma piada sem graça e esquece o final…e num nível mais avançado, gente para a qual é necessário explicar a piada..
Como lidar? Com paciência demais?
Haja!
Pronto, passou.

Desabafo do Dia


Desabafo do Dia domingo, 31 de janeiro de 2010
Como manter a elegância e a sanidade num calor de 35 graus - à sombra -?
Um brinde as estações transitórias em que é possível sair à rua sem destilar, sem fritar no asfalto.
Calor irritante, nauseante, insalubre.
Porto Alegre e seus extremos: Inverno ou Inferno.
Ai, cansei…quero morar na praia. Não me importaria em desidratar à beira mar, e repor os sais minerais com água de coco e chimarrão…
Saudade Floripa.
Pronto, passou.